sábado, 16 de maio de 2015

Mais um efeito reparador


Pesquisadores da Unifesp fazem células-tronco adultas repararem danos graves em rins de ratas. Acredita-se que essas células liberam substâncias que estimulam as células-tronco do rim a fazer o reparo.


Pesquisadores extraíram células-tronco de ratas e injetaram em
ratas com infecção renal aguda e cronica. Essas células promove-
ram a recuperação de tecidos danificados. Foto:(NSF)
    Células-tronco foram capazes de reparar danos graves nos rins por insuficiência renal aguda e crônica. A insuficiência renal aguda mata em 50% dos casos, e quando são correlacionadas com casos de infecções generalizadas essa porcentagem pode chegar a 80%.
   Os pesquisadores extraíram células-tronco adultas de ratos e, as cultivaram em laboratório e logo, injetaram em ratas que possuíam infecção renal aguda e crônica.
    Os danos foram induzidos por vários agentes tóxicos a esses órgãos: gentamicina, um antibiótico ao qual ainda muitas bactérias não possuem resistência. Aciclovir, um antiviral usado contra herpes, a bactéria E.coli e sua toxina, e radiação ionizante.

    Através dos experimentos, mostrou-se que as células-tronco injetadas migraram para o local da lesão e promoviam a recuperação do tecido danificado. 
"Acreditamos que as células-tronco liberem substâncias que estimulem as células dos rins a realizar o reparo". Relata Schor, coordenador da pesquisa, o médico Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo.
      As substâncias relatadas pelo médico são moléculas de RNA (ácido ribunocléico), citosinas e fatores de crescimento, entre outros. São liberadas dentro dos exossomas (pequenas vesículas que protegem esses compostos da degradação , o que aconteceria se fossem liberados na corrente sanguínea) onde ele funde-se com a membrana da célula-alvo , dando inicio ao processo de sinalização. 
      "Embora algumas células-tronco possam agir se diferenciando em outro tipo celular, no caso dos nossos experimentos a probabilidade é que a atuação seja por meio das substâncias levadas pelos exossomas. 
        A conclusão baseia-se no fato da equipe ter obtido o mesmo resultado ao injetar em ratas com insuficiência renal apenas o material do meio de cultura onde as células-tronco foram tratadas- e onde liberam quantidade significativa de exossomas.
          Agora, os pesquisadores estão se concentrando para para testar e caracterizar as vesículas, bem como seu conteúdo. "Estamos interessados na bala, e não na arma, brincou Schor.
    
Fred FurtadoCiência Hoje/ RJ


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